sustentabilidade

VÍDEO: bebidas e ursinhos apreendidos se transformam em etanol e cobertor

Thays Ceretta

Fotos: Renan Mattos (Diário)

Sustentabilidade, apreensão e solidariedade. Sozinhas, essas três palavras têm um significado, mas juntas ganham ainda mais força. Isso pode ser melhor compreendido na manhã de ontem quando a Receita Federal realizou a 23ª edição do Mutirão Nacional de Destruição de Mercadorias Apreendidas.

Pela primeira vez, o evento foi organizado em Santa Maria e em função de uma parceria com a Universidade Federal que transforma as bebidas alcoólicas em etanol sustentável. O Centro de Convenções foi palco da apresentação e exposição dos materiais apreendidos.

Além da demonstração do processo de destilação das bebidas, integrantes da Associação dos Selecionadores de Material Reciclável (Asmar) estavam transformando os bichinhos de pelúcia que receberam durante o mutirão em produtos sustentáveis, como cobertores. Margarete Vigal uma das integrantes da coordenação da Asmar conta que vai fazer o inverno de muita gente mais quentinho. 


O mutirão faz parte do combate à pirataria e outras práticas ilegais. O trabalho pretende ajudar na proteção à saúde da população e ao meio ambiente, ao retirar de circulação produtos potencialmente nocivos. A data do mutirão coincidiu com o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Conforme o superintendente adjunto da Receita Federal do Brasil no Rio Grande do Sul, Ademir Gomes de Oliveira, o órgão tinha dificuldade de destruir as bebidas que eram aprendidas. Ao conhecer a Usina Piloto de Etanol do Colégio Politécnico da UFSM, foi constado que as bebidas destiladas poderiam ser transformadas em combustível. 

O evento é realizado em todo o Brasil, e no Estado ocorre duas vezes ao ano. De acordo com delegado da Receita Federal do Brasil em Santa Maria, Araquém Ferreira Brum, em cinco meses foram apreendidos mais de R$ 31 milhões em produtos em Santa Maria. Entre os recicláveis estão brinquedos, cigarros, guarda-chuvas, tecidos, equipamentos eletrônicos além das bebidas destiladas. 


Na Usina do colégio, as bebidas chegam misturadas e passam por um processo de destilação, onde o etanol é recuperado e transformado em combustível. De acordo com o engenheiro ambiental e responsável pela Usina, Filipe Fagan Donato, toda a comunidade escolar pode usar o produto depois de passar pelo processo técnico. 

- É um destino ambientalmente correto e ao mesmo tempo estamos transformando em um combustível renovável. Aqui dentro da Universidade o produto é usado por diversos setores. Temos um posto para abastecer os veículos e um tanque com capacidade para 7 mil litros. Outros setores também usam esse etanol nos laboratório de química, engenharia mecânica até mesmo para esterilização de salas - esclareceu Filipe que é também professor do curso de Gestão Ambiental e do técnico em Meio Ambiente do Colégio Politécnico. 

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